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IN-Teoria da Sensibilidade
Posted by Diana Magnavita
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09:07
É triste ser sensível. É triste saber que seus sonhos de humanidade são irreais.
Mais triste ainda, é amar essa tristeza, que para sempre bela, pertence ao seu íntimo.
E é tão triste o amor não correspondido, triste o amar solitário.
E no silêncio vagueiam palavras mudas, que sussurram. Que suspiram. Nada se ouve.
Uma canção amarga de repetições e lamentações exauridas.
Vai e golpeia com suas cortantes ideias, a nobreza delicada dos seus sentimentos.
Segura forte a ira da sua paixão, que de tanta intensidade carrega em suas vísceras o peso do mundo.
Vai e canta, e isola e encanta e...
Suavemente tragando sua sorte. Sua sina. E nada se ouve.
Pedaços de cimento caem sobre sua pele macia. Macia de pensamentos intocáveis.
Macia de desejos seus...
Não se fabrica pessoas como antes! Vivas! Sementes de Humanidade. Só se ver supérfluos.
Beijos por beijos, palavras por palavras, escárnio por escárnio.
Não se fabrica mais sentimentos como antes. Vivemos a esquizofrenia de saciar.
Dominados por essa flor de concreto dentro da individualidade.
Homens e mulheres pequenos e superficiais.
Trajando sensualidade. Travando como animais selvagens. Deglutindo-se as carnes.
E o que resta dos esquisitos, são palavras bobas. São sentimentos bobos, que ninguém os ouve, ninguém os quer.
E sempre, quase sempre, se machucam com suas doses de insatisfação latente. E quase que totalmente são deixados para trás com suas paixões incandescentes.
Ninguém quer o complexo das estrelas, embora belas, preferem comtemplar à distância, às escuras.
E assim, é triste ser sensível, incompreendido. É triste ver que o seu sol escapuliu às suas mãos e que nada se pode fazer para detê-lo...