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Posted by Diana Magnavita on 14:33

Hoje, morri de novo. Todos os dias me torno uma nova pessoa, com nome e identidade diferente. Todos os dias, eu me sinto vazio, mas tento novamente perfurar minhas indecisões com essas fugas de identidade. Hoje, resolvi me matar, porque não saberia viver com um nome desses, com um ciclo social desses, com uma profissão assim. Hoje morri, livremente, e me sinto um recém nascido agora, porque brotaram rosas de dentro da minha boca, foi quando percebi que era meu velório convencional.
Hoje, Jorge Albuquerque Silva e silva, morreu, aos 22 anos, motivo da morte: indeterminada. Então, tornei-me Sávio de Morais Silva e Souza, com 25 anos. E talvez amanhã eu seja Alberto, Mário, Sérgio, ou até mesmo uma mulher.
Diana Magnavita.

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O boicote dos orelhões

Posted by Diana Magnavita on 06:45

"As empresas de telefonia celular estão distribuindo crack aos moradores de rua viciados, para que possam sabotar todos os orelhões do bairro. Desse modo, os moradores de tal bairro seriam obrigados a comprar um celular de qualquer operadora, mas que fosse utilizado tal tecnologia."
O problema, é que às vezes, precisamos urgentemente de um, sabe-se lá deus porque, já que muitas vezes nos encontramos sem o aparelho. Hoje, por exemplo, deixei meu celular carregando em casa e precisava, urgentemente, de um orelhão para uma ligação. Então, fui ao primeiro orelhão, e nada. Corri em passos largos, dando petit jetès pela rua ensolarada, ao segundo orelhão, e mais uma vez não tive sucesso.
Dando saltos acrobáticos, em nível da companhia circense, cirque du soleil, encontrei um terceiro orelhão, e nada! Comecei a me irritar, a babar, a transpirar, naquela manhã ensolarada, extremamente quente, que mais parecia o deserto do Saara. Foi quando avistei um quarto orelhão, e vocês, leitores, não irão acreditar! NADA! N-A-DA!
E assim foi com os quatro orelhões seguintes, que me obrigaram a subir uma ladeira gigantesca, que mais parecia o monte Everest. O sol estava derretendo até mesmo meus tênis e minha boca estava seca, implorando por água, meu queixo batia no asfalto, pois eu estava carregando uma mochila com mais de vinte quilos nas costas, o que complicou, ainda mais a minha situação.
Foi quando uma luz forte ofuscava minha visão, no topo dessa ladeira, que mais parecia uma montanha, e eu, mais assemelhava a um alpinista. Era o sol, lindo e loiro, que estava obstruindo a minha visão, mas por trás dele havia um orelhão que gritava exaustivamente para mim:
- Eu estou funcionando! Eu estou funcionando!
E foi assim que consegui realizar a minha tão importante ligação.

Gostaria de congratular os cidadãos decentes que quebram todos os orelhões e os considera insignificantes, mas esta insignificância pode ser muito útil para alguns, que até mesmo tem um belíssimo aparelho celular, tal como acidentes acontecem, quando você sente aquela dor de barriga dentro do ônibus lotado e você tem que segurar o telegrama até chegar a casa, no trabalho ou no caralho a quatro. Afinal de contas, nós pagamos para que esses objetos insignificantes, (viu delinqüente?). Funcionem para uma necessidade especial e eles não fazem parte da decoração do ambiente, ou nem um pouco parecem ser instalações artísticas ao ar livre.

ps: Aos maus entendedores, o que está entre parênteses não foi retirado de um jornal local, nem de caso de polícia, é uma ironia, uma brincadeira, pois nada tem haver as empresas de telefonia com os orelhões danificados. Só para esclarecer, antes que gere polêmicas. Se é que alguém lê esse blog rs
Diana Magnavita.

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